Entenda o Hematoma Sub-dural Crônico

O cérebro é revestido por membras para protegê-lo. A mais grossa delas se chama dura-máter. Existem vasos que conectam o cérebro e a dura-máter. Entre esses vasos, destacamos as veias-pontes, localizadas no espaço abaixo da dura-máter, o espaço sub-dural.

Existem situações em que as veias-pontes se tornam mais estiradas e com maior tendência a romper. No caso deste rompimento, ocorre o Hematoma sub-dural.

Em pessoas com o cérebro mais atrofiado, como pacientes mais idosos ou com outras doenças que gerem atrofia do cérebro (etilismo crônico, demências etc.), as veias-pontes geralmente estão mais estiradas. Desta forma pequenos traumas podem gerar seu rompimento. Por vezes podem romper até mesmo sem história de trauma.

Como as veias-pontes são vasos de baixo fluxo de sangue, esses sangramentos são pequenos e autolimitados. Esse sangue no espaço sub-dural “suga” maior quantidade de líquidos de outros espaços por mecanismo osmótico e o volume no espaço sub-dural vai crescendo, formando o hematoma sub-dural crônico.

O hematoma sub-dural crônico, quando é grande o suficiente para comprimir o cérebro, requer drenagem neurocirúrgica, que é um procedimento que pode, na maioria dos casos, ser feito por um pequeno orifício no crânio por onde o hematoma é drenado.

A recuperação deste procedimento costuma ser muito boa. Muitas vezes são deixados drenos por alguns dias para se aumentar a drenagem do hematoma nos dias seguintes. Pacientes que já eram mais debilitados previamente, tem maior chance de demorar mais na sua recuperação.

Como o mecanismo de formação do hematoma sub-dural crônico é osmótico, ele pode se refazer e necessitar nova drenagem. Na tentativa de se diminuir a chance dessa progressão, um procedimento endo-vascular (por cateterismo no interior dos vaso), pode ser feito para embolizar e fechar a artéria que mais comumente está relacionada á área de sangramento.

Os sintomas do hematoma sub-dural crônico costumam evoluir de forma lenta e se manifesta geralmente com dores de cabeça, sonolência, confusão mental e diminuição de força em uma metade do corpo.

A avaliação e tratamento do hematoma sub-dural crônico deve ser feito por um Neurocirurgião treinado.