Neuro-Oftalmologia

    A visão é um dos sentidos especiais do organismo humano. O desenvolvimento do sistema visual na espécie humana ocorreu como uma consequência de pressões evolutivas que forçaram os nossos ancestrais e desenvolver um complexo e delicado mecanismo para captar, conduzir e interpretar o estímulo visual do meio ambiente. 

   A luz é captada pelos fotorreceptores na retina e transformada em um estímulo bio-eletro-químico que é conduzido pelas vias visuais até o córtex cerebral primário, localizado na poção posterior do crânio, no lobo occipital, daí esse estímulo atinge áreas distantes do cérebro desenvolvendo a percepção da visão.

    Diversas doenças podem acometer o sistema visual, desde os olhos até o cérebro, que interferem na forma como o paciente “enxerga” o mundo ao seu redor.

    A NEURO-OFTALMOLOGIA é a ciência que estuda os processos fisiológicos normais e as patologias neurológicas relacionados com o sentido da visão. Desta forma doenças que afetam os nervos ópticos, as vias visuais, o córtex visual e até mesmo a interpretação consciente dos estímulos visuais são abordadas na análise Neuro-oftalmológica.

    Dentre essas doenças citam-se as patologias degenerativas, inflamatórias, compressivas e tumorais envolvendo os nervos ópticos, bem como as lesões traumáticas, os acidentes vasculares cerebrais (AVC), as infecções, inflamações, doenças degenerativas e tumores que envolvem as vias visuais e o córtex cerebral visual e extra-visual.

    Cada uma dessas doenças tem uma investigação, tipo de tratamento e prognósticos diferentes. Abrindo-se mão da avaliação clínica, neurológica, oftalmológica e de diversos exames de imagem e da função do olho e do cérebro é possível diferenciá-las e definir-se um tratamento.

    Essa investigação envolve desde a conversa com o médico, a anamnese médica, os exames oftalmológicos realizados em consultório, exames específicos para avaliação dos olhos, exames de Ressonância Nuclear Magnética, Tomografia Computadorizada, Eletroencefalograma com Mapeamento Cerebral, Potenciais Visuais Provocados, Punção Lombar e até um exame do conteúdo da consciência do paciente para se considerar distúrbios psiquiátricos.