Tumores da hipófise

A hipófise é uma glândula localizada na base anteior do crânio, em sua junção com os ossos profundos do nariz, em uma região chamada de sela turcica, devido sua semelhança anatômica com as antigas selas dos cavalos turcos.

A hipófise produz inúmeros hormônios que regulam as mais diversas funções do organismo como: produção de leite na gravidez, ciclo menstrual, reação aguda ao estresse, crescimento e desenvolvimento corporal, regulação dos flúidos e sais do sangue, hormônios da tireóide, hormônios sexuais, entre muitas outras ações.

As lesões tumorais da região da sela turcica correspondem a 15% a 20% dos tumores intracranianos primários. Os tumores benignos da hipófise são a maioria dessas lesões, havendo também tumores de outras naturezas nessa região.

Clinicamente se manifestam com dor de cabeça, alteações hormonais e distúrbios visuais, devido ao seu íntimo relacionamento com os nervos que vão para as órbitas, entre eles os nervos ópticos.

O tratamento desses tumores depende do seu tipo, que é determinado pelas suas características em exames de imagem, avaliações dos hormônios que podem secretar e pela biópsia cirúrgica.

Os tumores da hipófise mais frequentes são os Adenomas Hipofisários, tumores benignos que podem, ou não, produzir hormônios. Podem ser tratados com acompanhamento neurocirúrgico através de exames de imagem, tratamento medicamentoso, cirurgia e, em alguns casos, radioterapia.

Os acessos cirúrgicos mais utilizados para o tratamento desses tumores são o trans-craniano, que pode ser realizados por diversas rotas, e o trans-nasal, sem a necessidade de uma craniotomia externa.

O acesso transnasal utilizando-se o endoscópio tem sido empregado cada vez mais no dia a dia neurocirúrgico por ser minimamente invasivo e o paciente ter uma recuperação mais rápida, podendo ser usado para o tratamento de mais de 95% dos tumores da região da hipófise. Contudo, em tumores maiores, mais aderentes e fibrosos, o acesso trans-craniano ainda é o de escolha.